Esquemas em pirâmide
O sistema de pirâmide baseia-se num esquema de recrutamento de pessoas, gerando rendimento somente pelo recrutamento de novos membros e da cobrança de taxas, sem que nenhum produto ou serviço real seja movimentado.
Portanto, a recompensa ocorre apenas com a adição de novos participantes e com os investimentos destes, e não com a revenda ou a distribuição de produtos ou serviços com função comercial legítima.
Sem sustento comercial, o número de recrutas disponíveis é finito e, aritmeticamente, recrutas posteriores possuem uma chance muito menor de enriquecer do que os promotores do esquema.
Como consequência, este esquema tem vida curta, e os que por último ingressarem, praticamente não possuem nenhuma chance de recuperar as suas taxas de inscrição ou de sairem beneficiados com o esquema.
Na falta de um produto real, tais esquemas tentam coagir as pessoas, garantindo serem empresas legítimas que operam um plano de Marketing de Rede.
No entanto os produtos de venda utilizados por este sistema não possuem nenhum valor de mercado por variadíssimas razões, como por exemplo, ninguém no seu perfeito juízo vai promover um negócio de venda de cafés em que cada dose seja 5 vezes superior ao valor normal se comparado com o valor pago no mercado tradicional.
As pessoas recrutadas adquirem estes produtos sem perspectivas de revenda ou possibilidade de devolução do valor pago por eles.
Atenção, que existem algumas empresas a operar no mercado que podem ser incluídas nesta categoria, embore defendam ser empresas legítimas de MLM.
Formas de identificação de empresas legítimas de MMN/MLM
Por forma a que as empresas legítimas a operar nesta indústria defendam a sua própria imagem, foram criados organismos que regulamentam esta actividade, sendo elas:
A WFDSA – World Federation of Direct Selling Associations e as Associações de Vendas Directas.
Tanto uma como outras têm demonstrado, com os códigos mundiais de conduta, o compromisso com os seus membros em assumir práticas justas e éticas no mercado.
A WFDSA, fundada em 1978 (http://www.wfdsa.org/), é uma organização voluntária não-governamental que representa globalmente a indústria de vendas diretas como uma federação nacional de associações de vendas diretas (Direct Selling Association – DSAs). (http://www.dsa.org/, http://www.dsa.org.uk, http://www.abevd.org.br, etc )
Estas entidades são extremamente rígidas, sendo que algumas obrigam as novas empresas que se propõem operar nesta indústria a um periodo de 1 ano de análise antes de serem certificadas como legítimas.
Existem actualmente, mais de 50 DSAs nacionais que pertendem á federação, sendo que em 1997 as vendas globais dos seus membros foram estimadas em mais de 80 biliões de dólares, com o trabalho de mais de 25 milhões de distribuidores autónomos.
Actualmente nesta indústria operam na ordem dos 75 milhões de distribuidores representando algo como 110 biliões de dólares de facturação anual.
A WFDSA reconheceu a necessidade de condutas éticas no mercado, tendo aprovado, em 1994, o Código Mundial de Conduta para as Vendas Directas, o qual todas as associações nacionais precisam incluir nos seus códigos nacionais.
O Código Mundial de Conduta em Vendas Directas traz:
- satisfação e protecção aos consumidores
- protecção aos distribuidores
- promoção de competição justa dentro dos moldes da empresa
- representação ética das oportunidades de ganho da indústria
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